Colaboradora do TJAP é vencedora do Expocom Regional Norte 2020 na categoria Jornalismo Literário

EXPOCOMCLARICE (1).jpgClarice Dantas entrou para o quadro de estagiários do Tribunal de Justiça do Amapá (TJAP) em agosto de 2018, após ter sido aprovada em processo seletivo para o curso de Jornalismo. Ao concluir o período de estágio, retornou à Assessoria de Comunicação como colaboradora terceirizada por seu destaque profissional. No último sábado (24), a jovem de 20 anos foi premiada na etapa regional da Exposição de Pesquisa e Produção Experimental em Comunicação (Expocom), realizada pela Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicação (Intercom) com o texto literário: A morte é um dia que vale a pena viver.  “Quando entrei na universidade não fazia ideia do que eu queria, nem sabia que caminhos me levaram ao jornalismo, mas desde que cheguei me dedico o quanto posso para entender essa escolha. Cresci muito rodeada de histórias e por muitas vezes a minha própria história escrita me fazia lembrar que eu estava viva. Sempre tive amor e medo pela escrita. Desse medo e dessa paixão me veio a ideia de falar sobre morte e sobre o cuidado no fim da vida, os chamados cuidados paliativos”. (ACESSE AQUI O TEXTO)

A partir da narrativa inicial de seu primeiro encontro com a morte, aos sete anos, quando perdeu seu cãozinho de estimação, a autora faz uma ampla abordagem sobre como a morte é enfrentada nas diferentes culturas e tempos históricos, com destaque para o conceito de Cuidados Paliativos. Definidos pela Organização Mundial da Saúde (OMS), consistem na assistência promovida por uma equipe multidisciplinar com o objetivo de melhorar a qualidade de vida do paciente e de seus familiares diante de uma doença que ameace a vida.

“Em 2017 fiz um documentário com a professora Ana Valeska, minha fonte na reportagem, sobre cuidados paliativos, a formação acadêmica dos estudantes de medicina e como essas duas coisas estavam atreladas. A temática me interessou muito, então surgiu a oportunidade na Universidade de fazer uma grande reportagem. Resolvi aprofundar o tema e ligar com algumas vivências pessoais que me marcaram muito, como a morte do meu primeiro animal de estimação”, conta Clarice.

Morte e compaixão! Prevenir e aliviar o sofrimento controlando os sintomas e a dor, buscando oferecer qualidade e bem-estar enquanto o paciente é assistido, são inquietações que perpassam todo o texto de Clarice. “A morte é subjetiva mesmo que seja algo que a gente sabe que vai acontecer, cada pessoa tem sua maneira de lidar com isso e culturalmente a gente não é estimulado a falar sobre. E é nesse falar e ouvir que reside a compaixão. O debate de terminalidade precisa ser difundido junto com a necessidade de entender o estado em que outra pessoa se encontra”, finalizou Clarice.

- Macapá, 26 de outubro de 2020 -

Assessoria de Comunicação Social

Texto: Márcia Corrêa

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