O Presidente do Tribunal de Justiça do Estado do Amapá informa que a partir do dia 12 de janeiro de 2023 o sistema PJe será expandido para novos processos dos Juizados Especiais Cíveis da Comarca de Macapá, conforme Atos Conjuntos nº 564/2020-GP/CGJ, 643/2022-GP/CGJ e a Portaria nº 67516/2023-GP.

Servidor do TJAP leva sua poesia ao trabalho e à vida na comemoração de seus 55 anos

POETASERVIDORLUIZCARLOS.jpeg“A poesia é paixão antiga, sim, mas mais como uma forma de expressar para dizer o que sinto, para colocar para fora algo que incomoda, do que para querer ser escritor conhecido, não tenho essa pretensão”. Com essas palavras, o servidor do TJAP Luis Carlos Cardozo, da Secretaria do Tribunal Pleno, diz que a poesia é mais que isso, pois permeia sua vida e seu dia a dia há muitos anos. Tímido, por isso se arrisca poucas vezes a declamar, ontem teve um poema declamado pela assessora jurídica Adriana Oliveira Martins. “O 'Poema do 55' foi escrito no início da semana, já se aproximando meu aniversário de 55 anos, celebrados hoje, 17 de julho. A Adriana foi minha chefe no Pleno e, outro dia, fez um comentário sobre declamar, aí mostrei para ela, acho que ficou legal”. (ACOMPANHE AQUI A DECLAMAÇÃO)

Adriana, que fez aniversário na véspera do aniversário de Luis, declamou o texto na comemoração de ambos. “Ele escreve poesia desde sempre e a primeira vez que declamei o 'Poema do 55' me emocionei muito, fiquei até com a voz embargada, achei lindo tudo o que ele narrou da vida ali”, comentou.

“De certa forma, eu que estou fazendo 35 e li ali um relato de 55 anos, vi como uma vida pode ser bonita mesmo com todas as adversidades”, observou Adriana Martins. “A poesia me dá uma sensação de alternância, de vai e vem que leva sua vida de um ponto ao outro, da tristeza à alegria”, pondera, acrescentando que “podemos focar na alegria, mas a alternância segue, assim como a beleza”.

Hoje, com o perfil @o.sol.se.poesia [https://www.instagram.com/o.sol.se.poesia/] no Instagram, que criou recentemente, o autor divulga algumas produções, sempre adornadas ou alternadas com belas fotografias. “Quando estou sem fazer nada, vem uma ideia e escrevo”, explica. “Poderia dizer que escrever é uma forma de distração, de mostrar algo diferente para as pessoas com quem convivo e colegas de trabalho”, diz Luis Carlos, acrescentando que “isso dá uma sensação de bem-estar, de felicidade, de saber que alguém gostou de algo que postei na rede social”.

Além do Instagram e de mandar textos por WhatsApp para amigos, Luis publicou um conto pela UFPA, chamado 'Fésquio', e um poema publicado em Macapá, intitulado 'Quase te amo' – ambos fruto de seleção em concurso. “Atualmente procuro escrever poemas curtos, que podem ser lidos rapidamente”, explica. “Nesse mundo atual, em que há uma certa preguiça de leitura, a imagem, acho, chama mais a atenção”, complementa.

 

Confira O Poema do 55
(Luis Carlos Cardozo)

I
Se eu fosse cronometrar
Tudo o que me aconteceu
Desde os tempos de criança
Até a idade que Deus deu
Diria que o que fiz menos
Foi andar com o pé no chão
São uns cinquenta anos de sonhos
E o resto de realização...

II
Trabalho desde os dez anos,
Não vim aqui reclamar.
Da cuba de picolé a enxada de capinar,
De cambista do jogo do bicho
aos móveis pra polir e montar,
Foi tudo um aprendizado
Até num concurso eu passar.

III
Estudar foi uma vida:
Desde as noites mal dormidas
E lamparina acesa pra ler.
Foi com essa lida sofrida
Que na faculdade da vida
Consegui crescer e vencer.
Mas já conto uns trinta anos
Que eu leio por prazer.

IV
Chorar, chorei uns dez anos
Menino choraminguento!
E choro até hoje em dia
De tristeza ou contentamento!
Mas sorrir, mostrar o dente
Foi de quarenta pra frente
Sorrio até em velório
Ou pensamento indecente...

V
Viajar é outra coisa
Que em anos posso contar
Quando não vou de transporte
Viajo só no pensar
Mas ao entrar no avião
No carro ou embarcação
Já começa a emoção:
Vou pra felicidade!
Vou tomar banho de rio!
Vou me salgar no mar!

VI
Amar, eu fui aprendendo
Até hoje não sei direito
O amor não traz uma bula
Não tem razão nem preconceito
Já vivi tempos amando
Mas depois do tempo passar
Vi que não era amor
E tive que descartar

VII
Mas se eu contabilizar
Amor por filho e parente
Por amigos, bichos e plantas
O sol, a lua e o mar
Amo desde que nasci!
Amo a Deus! (perdão! quase esqueci!)
E amor pra deitar na cama
Tô esperando de pijama!

VIII
Mas se no poema coubesse
Os anos que vivi em vão
Fazendo coisas não nobres
Para quem se diz cristão:
Eu calcularia por baixo
Um pouco mais de um milhão...
Graças a Deus que só conto
As coisas que contam ponto!
E se não é para o meu bem
Não conto o que não convém!
Pra esse humilde poeta
Cinquenta e cinco! Amém!

 

- Macapá, 17 de julho de 2020 -
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