Bibliotecária do TJAP dá dicas de leituras durante o período de distanciamento social

O distanciamento social preventivo, como método de evitar a contaminação e proliferação do novo coronavírus é uma medida necessária, mas não precisa ser vista apenas como limitação – pode também ser um momento quem está isolado aproveitar para dar vazão às leituras atrasadas ou finalmente matar aquele desejo de ler clássicos das literaturas brasileira e mundial. A dica de hoje vem da diretora da Biblioteca do TJAP, Simone Leite.

Simone ressalta que não ter tais livros em casa não é desculpa. Versões eletrônicas de escritos clássicas já em domínio público (sem direitos autorais a serem pagos) podem ser baixadas legalmente no site Domínio Público, espaço que lista obras de diversas plataformas (texto, imagem, som e vídeo) e categorias (de literatura a História, passando por muitas outras), organizando por título, autor e língua. Somente em obras de literatura na língua portuguesa eram mais de 2080 itens catalogados na data em que esta matéria foi escrita – mas quem disse que só pode exercitar a leitura em português mesmo?

“O Domínio Público cataloga e lista links para obras em diversos sites de bibliotecas, editoras e universidades ao redor do mundo. Outro site interessante, mas com um acervo ainda maior e com muitas versões de cada obra, é o da Biblioteca Nacional, mas este talvez seja mais interessante para quem busca fazer uma pesquisa mais detalhada, ou até acadêmica”, explicou.

Entre as obras de domínio público que Simone indicou e podem ser encontradas em ambos os endereços estão clássicos da literatura mundial, como “A Divina Comédia”, de Dante Alighieri, e “Metamorfose”, de Franz Kafka, mas também obras fundamentais da literatura brasileira, como “Macunaíma”, de Mário de Andrade, “O Cortiço”, de Aluísio de Azevedo, e “A Moreninha”, de Joaquim Manuel de Macedo.

“Isso sem falar nas diversas obras de Machado de Assis ali disponíveis, como Dom Casmurro, Helena, O Alienista, A Mão e a Luva, Memórias Póstumas de Brás Cubas, Quincas Borba e Esaú e Jacó. Ou ainda as de José de Alencar, como Helena, O Guarani, Senhora, A viuvinha, Cinco Minutos, Encarnação, Iracema, Luciola, Diva, O Gaúcho e Ubirajara”, listou Simone Leite, bibliotecária do TJAP.

Como ler?
Mesmo quem não tem e-reader propriamente dito – aparelho semelhante ao tablet feito especialmente para leitura com tecnologia e-paper (papel eletrônico) que é mais confortável aos olhos para leituras de longa duração – é possível baixar aplicativos gratuitos no celular ou tablet (seja sistema operacional Android, iPhone iOS ou outros) que possibilitam leitura de arquivos em diversos formatos, desde o TXT e o PDF ao EPUB e MOBI, entre outros.

Os celulares e tablets e estes aplicativos também oferecem recursos de conforto de leitura, como o modo noturno (que inverte as cores, deixando páginas em cor preta e letras em cor branca) e o flip (com passagem de páginas que simula as de um livro físico). Além disso, alguns plicativos permitem que se faça marcações (como marca texto) em trechos que se queira ressaltar, anotações, compartilhamentos em redes sociais ou mesmo que se busque palavras no dicionário sem sair do próprio aplicativo.

Entre os aplicativos mais facilmente disponíveis e populares estão: Kindle (iOS e Android), Kobo (iOS, Android, Blackberry e Windows8), Google Play Livros (Android) e iBooks (iOS). Mas há dezenas de outros, caso queira investigar e experimentar mais.

- Macapá, 06 de Maio de 2020 -

Assessoria de Comunicação Social
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Criado: Quarta, 06 Mai 2020 07:17