A experiência do Teletrabalho coletivo no Judiciário no combate ao avanço do Coronavírus
Com avanço do Novo Coronavírus (COVID-19), o Teletrabalho (Home Office) foi a solução encontrada pela Justiça do Amapá para que a prestação jurisdicional não pare. Magistrados, servidores e colaboradores deram o bom exemplo desde as primeiras horas de segunda-feira (23/03), em atendimento à Resolução Nº 1352-TJAP e ao Ato Conjunto Nº 536-TJAP em consonância com as diretrizes da Resolução Nº 313-CNJ. O Presidente do Tribunal de Justiça do Amapá (TJA), Desembargador João Lages, logo cedo em Home Office, enviou mensagem motivadora a todos.
“Nosso desafio tem dois aspectos. O primeiro deles é cumprirmos rigorosamente o isolamento domiciliar, sobretudo nesta semana, quando o Ministério da Saúde prevê como período de maior contágio desta pandemia no Brasil. O segundo é fazermos a nossa parte cumprindo com responsabilidade a missão de prestar a jurisdição”, disse o Desembargador-Presidente. Ressaltando ainda que “muitas pessoas, mesmo em quarentena ou isolamento, precisam de soluções para seus conflitos, considerando que grande parte são idosos, crianças, mulheres, famílias inteiras e outros integrantes de grupos sociais vulneráveis, que necessitam de respostas”.
“A decisão do Teletrabalho tomada pelos nossos dirigentes é de grande importância para prevenção, uma vez que suspende o atendimento presencial e mantém o atendimento pelos meios tecnológicos existentes. Importante esclarecer para os jurisdicionados que estamos trabalhando e que no regime especial de funcionamento na 2ª Vara Criminal de Santana, à qual estou designada, permanece, sendo apreciados habeas corpus; mandados de segurança; liminares; comunicações de prisão em flagrante; pedidos de concessão de liberdade provisória; de prisão preventiva; busca e apreensão, progressão de regime e audiências urgentes por videoconferência. Mantenham a calma, mas fiquem em casa. Só a prevenção será capaz de nos aproximar fisicamente de novo. É hora de pensar no coletivo”, disse a Juíza Luciana Camargo.
Regina Costa, do Núcleo CNJ/Gabinete da Presidência, disse que “de início nota-se uma certa dificuldade com relação à operacionalização do sistema, haja vista a mudança”, e complementa: “Saímos de nossa zona de conforto para o enfrentamento de nova ordem. Todavia, com foco e determinação, mormente para a preservação da saúde de todos, seguimos em frente na labuta para a conclusão de nossas tarefas diárias”.
Com o regime de isolamento social em todo o Estado, as comarcas do interior seguem as determinações à risca. Jerson Mendes, Técnico Judiciário da Vara Única da Comarca de Calçoene, enviou seu recado: “Sinto-me grato pelas providências adotadas pelo TJAP, visando a proteção de todos nós, de nossas famílias e da comunidade”.
O Departamento de Informática e Telecomunicações (DITEL), que dá suporte à rede física de tecnologia da informação e do trabalho, está em Teletrabalho, mas pode ser acionado presencialmente em caso de necessidade.
Edna Karla, da Unidade de Segurança, disse “no início a preocupação é organizar o tempo e o espaço, além de resistir às pressões de demandas pessoais, da casa e dos familiares, sendo fundamental desenvolver estratégias para atender as situações de trabalho e não-trabalho, sem atropelos”. Para quem trabalha em T.I. “conhece bem as vantagens do Teletrabalho, e vivenciar a experiência dentro do Judiciário é muito interessante, mostrando-se viável para outras áreas também, apesar de alguns entraves tecnológicos característicos da nossa Região, disse a servidora.
A equipe da Vara de Execução de Penas e Medidas Alternativas (VEPMA), não para. De acordo com Érick Almeida, que está em regime de Teletrabalho desde o dia 16 de março, após ter retornado de uma viagem a Brasília, onde despontaram alguns casos do novo Coronavírus. “Foi com alegria e alívio que recebi a decisão do Tribunal de estender o regime aos demais colegas, pois é uma importante iniciativa para a manutenção da saúde dos serventuários. Trabalhar em casa exige disciplina, foco e responsabilidade, mas abre um mundo de possibilidades de aprimoramento pessoal, estudo e convívio familiar”, disse.
Erick complementou: “Acredito que esta crise trata grandes mudanças para a dinâmica da vida das pessoas, e uma destas mudanças, será a consolidação do Teletrabalho como alternativa viável para a contenção de gastos do Poder Público e a oferta de maior qualidade de vida para os servidores. Nesta equação, ganham os servidores, os jurisdicionados e a sociedade como um todo”.
Segundo Jayne Esteves, servidora da Central Psicossocial do Fórum de Macapá, o trabalho realizado pelos técnicos da Unidade possui três etapas: visitas domiciliares e institucionais, atendimento presencial e elaboração dos estudos sociais e psicossociais. “Está última etapa nos permite elaborar os documentos em regime de Home Office, pois precisamos apenas de um local calmo, um notebook ou computador e acesso ao processo em que estamos trabalhando no Tucujuris, além das nossas anotações e observações. Quando o trabalho é interdisciplinar há a discussão do caso entre os técnicos, que pode ser feita por celular”, explicou.
DICAS PARA QUEM ESTÁ EM HOME OFFICE
Acordar no horário, resistir à tentação de ficar de pijama e preparar o ambiente são algumas das principais recomendações para executar bem o Home Office sem perder produtividade e o foco. Aqui, algumas dicas úteis: Torne o ambiente tranquilo e liste tarefas para manter o foco; é importante enviar um comando para o cérebro de que não é fim de semana, feriado ou férias, acordando cedo e se arrumando como se fosse trabalhar, principalmente.
- Macapá, 24 de março de 2020 -
Assessoria de Comunicação Social
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- Criado: Terça, 24 Março 2020 11:20