Pesquisadora da UNB ministra palestra sobre “Violência Contra a Mulher e Saúde Mental” no TJAP

palestrapsicolo (1).jpgA Coordenadoria Estadual das Mulheres em Situação de Violência Doméstica e Familiar do Tribunal de Justiça do Amapá (TJAP), que tem como coordenador o desembargador Carmo Antônio de Souza, realizou a palestra “Violência Contra a Mulher e Saúde Mental”, na tarde desta segunda-feira (16/12). A preleção foi proferida pela psicóloga e filósofa da Universidade de Brasília, Pós-Doutora Valeska Zanello, direcionada a magistrados, servidores, colaboradores, representantes dos demais órgãos do Sistema de Justiça, integrantes da Rede de Proteção à Mulher, acadêmicos e demais interessados no tema.

palestrapsicolo (23).jpgPós-Doutora em Psicologia, Valeska Zanello coordena o grupo de pesquisa "Saúde Mental e Gênero" (foco em mulheres) no CNPq. Em Macapá para uma série de palestras, a professora lançou o livro “Saúde Mental, Gênero e Dispositivos: Cultura e Processos de Subjetivação”, conteúdo de sua palestra no TJAP.

De acordo com a Prof.ª Dr.ª Valeska Zanello, que tem 20 anos de experiência como psicoterapeuta e 13 anos como pesquisadora na área de saúde mental, sob a perspectiva de gênero, o adoecimento das mulheres no campo mental (depressão, estresse e síndromes diversas) parte do papel que a elas é destinado na sociedade. Conforme a pesquisadora, algumas perguntas dão o direcionamento para a compreensão desses transtornos.

palestrapsicolo (4).jpg“Por que mulheres têm tantas queixas na esfera do amor? De se sentirem não amadas, de não receberem tanto afeto quanto gostariam ou quanto sentem que oferecem e, um fato que sempre me encucou, simplesmente de estarem sozinhas? Por que quando não têm alguém se sentem ‘encalhadas’? Por que mulheres que são mães carregam tanta culpa? E as que não são, por que se sentem na obrigação de estarem disponíveis a cuidar dos demais? E, de outro lado, por que os homens, diferentemente das mulheres, preocupam-se tanto com o seu desempenho no trabalho e na vida sexual? Por que certas experiências, por exemplo, o desemprego, a aposentadoria ou a impotência, são tão ameaçadoras para eles enquanto homens?”.

As respostas apresentadas pela pesquisadora partem do estudo e da compreensão acerca dos processos de subjetivação que se configuraram historicamente em nossa cultura, no Brasil, e como, atualmente, homens e mulheres se subjetivam, sofrem e se expressam de formas diferentes.

- Macapá, 17 de dezembro de 2019 –

 Assessoria de Comunicação Social

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