Nossa Reverência ao servidor Virgílio Neto
- Macapá, 23 de setembro de 2016-
Disciplinado, obstinado, versátil, estudioso e possuidor de um sentimento enorme de gratidão à vida. São qualidades que retratam este exemplar servidor e generoso ser humano. Virgílio Epifânio Vieira Netto inspira confiança e é exemplo de dedicação no que faz.
Nasceu no dia 17 de março de 1980, na bela cidade turística de Presidente Epitácio, no Estado de São Paulo. É filho do casal Valdomiro Epifânio Vieira, um baiano, e da catarinense Veranis Nardino Vieira. De irmãos possui a enfermeira Verônica Epifânio Vieira e o diretor de projetos da empresa Eletrolux, Valdomiro Epifânio Vieira Neto.
É casado com a médica Diellen Salman Vieira e pai amoroso do Otávio Salman Soares, de cinco anos; dos jovens João Vítor Borges Epifânio Vieira, de 18 anos, e de João Carlos Borges Epifânio Vieira, de 12 anos, frutos do seu primeiro casamento. Virgílio não esconde ainda o seu grande amor e carinho pela sobrinha Ana Júlia Vieira, de 8 anos. Sua família é seu esteio.
O COMEÇO
No início da trajetória em busca da leitura e do saber, o jovem Virgílio Neto relutou em estudar, não queria ir à escola de jeito nenhum, pois sonhava em ser PEÃO DE RODEIO. Não sentia a necessidade de estudar para ser campeão de rodeios!
“Tinha espírito aventureiro. Atravessava sozinho o rio Paraná, que faz a divisa de São Paulo e Mato Grosso, usando apenas uma pequena canoa. Tudo isso para chegar à FAZENDA DO EURIDES, onde tive a oportunidade de trabalhar como peão. Tinha apenas oito anos e convivi até os dezessete com o casal Zé do Rego e dona Ana, a quem considero como meus pais”.
Na fazenda onde aprendia como ser um peão, desenvolvia atividades que o deixavam feliz, como amansar e montar cavalos, “capar” bois, tirar leite de vaca, caçar. “Aquela vida rural me fascinava, mas a minha mãe Veranis teve que tomar uma dura e necessária iniciativa para que eu retomasse os estudos e me formasse. Agradeço a ela que teve esse importante papel orientador na minha vida. Foi o início para chegar ao cargo de Coordenador do Comissariado da Infância e Juventude da Justiça do Amapá”.
A BUSCA PELO CONHECIMENTO
Com esse “empurrão”, muita persistência e pulso firme dos pais adotivos, Virgilio ingressou em 1986 na Escola Estadual Jacinto Pinto. Ao contrário do que o então pequeno Virgilio pensava, acabou gostando muito de estudar, tanto é que se tornou bacharel em ADMINISTRAÇÃO pela Faculdade Brasil Norte (FABRAN). E sua busca pelo conhecimento não parou aí. Atualmente Virgílio cursa o nono semestre de DIREITO na Faculdade de Macapá (FAMA), onde ingressou em julho de 2012.
O primeiro emprego de Virgílio aconteceu quando tinha apenas oito anos de vida no jornal “A FRONTEIRA”, como ENTREGADOR de jornais. Acordava cedo para fazer a entrega nas casas e estabelecimentos comerciais da cidade de Presidente Epitácio.
Para poder receber seu pagamento de 30% de meio salário mínimo, era necessário atingir a cota de assinaturas determinada pela direção da empresa. Com empenho e dedicação atuou nesta atividade durante três anos.
Também integrou a GUARDA MIRIM de Presidente Epitácio, num programa parecido com o MENOR APRENDIZ desenvolvido pelo Tribunal de Justiça do Estado do Amapá, o que muito fortaleceu seu caráter e personalidade nos três anos em que participou.
Atuou de OFFICE-BOY durante um ano e meio, entregando documentos de cobranças.
Quando tinha 16 anos, em 1996, conseguiu seu primeiro emprego de carteira assinada, trabalhando na função de AUXILIAR DE SERVIÇOS GERAIS, no escritório de Serviço Técnico de Contabilidade (SETEC), mais uma vez na atividade de Office-boy, chegando ao cargo de ENCARREGADO do Departamento de Pessoal da SETEC.
Ele conta que nessa época, a cidade paulista de Presidente Epitácio passou por uma enorme transformação urbana. Grandes empresas surgiram para os trabalhos de desmatamento das áreas de florestas da região. Houve uma grande necessidade de contratação de pessoas, ocasião em que trabalhou como APONTADOR, registrando a hora dos funcionários e das máquinas por cada hora de trabalho realizado.
A CHEGADA DO AMAPÁ
Em 1999 aconteceu uma reviravolta em sua vida e o caminho para a realização profissional se abria à sua frente. A convite de uma amiga veio descobrir-se em terras desconhecidas, chegando ao Amapá. O destino estava colocando uma nova perspectiva de vida e decidido aceitou enfrentar esse novo desafio. O Amapá, um Estado novo, foi visto por ele como um lugar de oportunidades, que confirmaria sua têmpera de trabalhador determinado.
Na bagagem, praticamente nada, até a roupa era pouca. Porém, a motivação e a vontade de trabalhar eram enormes. Estava decidido a enfrentar os inúmeros desafios que a nova cidade poderia lhe apresentar, e assim crescer e se estabelecer nela.
Após seis meses em sua nova terra, surgiu uma oportunidade para fazer estágio de SECRETÁRIO na Associação dos Magistrados do Amapá (AMAAP), localizada no Bairro Zerão, Zona Sul de Macapá. Virgílio não pensou duas vezes e aceitou o novo desafio.
Não demorou muito tempo para que do novo caminho adotado pudesse aflorar sementes de prosperidade. Na mente, o ditado: “Quem trabalha, Deus ajuda”, era seu combustível para seguir em frente.
Oportunidades começaram a aparecer, amigos surgiram para ajudá-lo a seguir seu novo projeto de vida. Dentre esses grandes amigos está o juiz Luciano Assis, uma referência de amizade e gratidão, que lhe proporcionou tranquilidade e serenidade para conquistar bons espaços nas terras tucujus.
Como forma de apoiar, ajudar e incentivar Virgílio Netto, o magistrado cedeu uma casa que estava desocupada em um terreno localizado no Bairro Goiabal, Zona Oeste de Macapá, gesto que proporcionou a Virgílio a tranquilidade para planejar e organizar sua vida.
Virgílio manteve o foco trabalhando com muita firmeza, esmero e dedicação no seu dia a dia. Sua desenvoltura profissional chamou imediatamente a atenção dos dirigentes da Associação dos Magistrados do Amapá. E não demorou muito tempo para que novos ares, novos ventos começassem a soprar em sua direção.
Foi contratado pela Associação dos Magistrados do Amapá, durante a presidência do juiz Reginaldo Andrade, na função de SECRETÁRIO, trabalhando em uma sala do Fórum Desembargador Leal de Mira, na época cedida pela direção do Fórum da Comarca de Macapá.
“O presidente da AMAAP, juiz Reginaldo Andrade, me designou para morar e tomar conta da Associação. A minha dedicação na realização da função que me foi designada oportunizou abrir de portas, conhecendo vários servidores, juízes e desembargadores”.
Virgílio recorda com gratidão dos juízes Reginaldo Andrade, Marcus Quintas e Paulo Madeira e dos desembargadores Gilberto Pinheiro e Mário Gurtyev, que reconheceram a sua disposição, determinação e boa vontade na execução das tarefas na Associação e cogitaram a possibilidade dele trabalhar no TJAP.
“Lembro do empenho do servidor Veridiano Colares, responsável pelo departamento de recursos humanos do Tribunal de Justiça, e que depois se tornou diretor do TJAP. Ele teve uma participação importantíssima no meu caminho profissional, além da disposição e sabedoria do desembargador Mário Gurtyev, que também presidiu a AMAAP, que conhecia o meu trabalho e me convidou para assumir o cargo de coordenador do Comissariado de Infância e Juventude de Macapá”, conta.
SUA ATUAÇÃO NO COMISSARIADO DA INFÂNCIA
“Comecei a trabalhar no Comissariado da Infância e Juventude de Macapá no período do carnaval, uma época de muito serviço. Foi um grande desafio para mim. Mas, a equipe do Comissariado é muito competente. A série de serviços e ações é realizada devido à garra, competência e dedicação de toda equipe eficiente que o Comissariado da Infância e Juventude de Macapá possui. Além de contarmos com o apoio incondicional e parceria dos Conselheiros Tutelares que nos auxiliam nesse indispensável trabalho”, afirma.
Atualmente, a sociedade amapaense reconhece e valoriza o trabalho desenvolvido pelo Comissariado da Justiça.
“O nosso trabalho é vinculado ao Juizado da Infância e Juventude da Comarca de Macapá- Área de Políticas Públicas e Execução de Medidas Socioeducativas. Hoje temos uma boa estrutura, ganhamos visibilidade na sociedade, os cidadãos acreditam e confiam em nosso trabalho. Tudo isso é muito gratificante. Quando percebemos que a população valoriza as nossas ações, campanhas, orientações e fiscalizações, nos sentimos valorizados e satisfeitos. Vamos continuar fazendo este trabalho com muita responsabilidade e respeito a todos os cidadãos do Estado do Amapá”, explica.
PAIXÃO PELO ESPORTE
Virgílio Netto é um apaixonado pelo esporte, um verdadeiro esportista inveterado, nato.
Não descuida da preparação física, fazendo várias atividades esportivas que contribuem para uma vida saudável que o auxilia em suas tarefas profissionais no Comissariado da Infância e Juventude de Macapá.
Desde criança pratica karatê, chegando à faixa laranja. Com 12 anos iniciou na modalidade capoeira, conquistando a corda azul, inclusive chegou a dar aulas em São Paulo, até os seus 18 anos.
Em 2002, decidiu fazer jiu-jitsu, arte marcial de origem japonesa, voltada para o ataque e autodefesa, sem utilização de armas em sua prática. O jiu-jitsu é considerado a base de vários combates esportivos modernos e outras artes marciais, entre elas o karatê, o aikidô e o judô.
Com foco e determinação, Virgílio Neto conseguiu atingir o nível elevado de faixa preta 2 graus, praticando com muita disciplina no Centro de Treinamento John Azevedo. Mas nem só de artes marciais vive sua paixão pelo esporte, ela também é nutrida pelo ciclismo e academia.
NOSSA REVERÊNCIA
“O meu sentimento é de gratidão, satisfação. Esta homenagem não é só para mim, mas também para toda equipe do Comissariado da Infância e Juventude de Macapá. Isso tudo demonstra que o nosso serviço está sendo reconhecido e sendo necessário à população. Fico lisonjeado, envaidecido com esta homenagem pelo trabalho que estamos fazendo. Sou uma pessoa muito feliz por tudo aquilo que a vida me proporcionou. Amo a minha esposa e a minha família. Tenho grandes amigos. O Estado do Amapá é muito bom para mim e minha obrigação é dar tudo de melhor em troca. Não tenho do que reclamar da vida e desta terra que me acolheu. Sou uma pessoa realizada”.
VIRGÍLIO EPIFÂNIO VIEIRA NETTO, a criança que não queria estudar, que entregava jornal e sonhava ser peão de rodeio, o jovem eclético da cidade turística de Presidente Epitácio, que se transformou num servidor digno e exemplar do Tribunal de Justiça do Estado do Amapá. Um cidadão de bem que reconhece nos estudos o caminho certo para o crescimento.
Sua trajetória de vida pessoal e profissional, sua conduta humildade, sua disposição, esforço, competência e a enorme vontade de prestar um bom serviço à comunidade amapaense o credenciam a ter o nosso especial reconhecimento e valorização. A você VIRGÍLIO NETTO, a NOSSA mais sincera homenagem e REVERÊNCIA.