Nossa reverência à servidora Rosilene Campos
- Macapá, 15 de julho de 2016-
No rosto, o olhar intenso e o sorriso sempre gentil é o cartão de visita de Rosilene Campos. Uma mulher educada, prestativa, atenciosa e muito bonita. Uma filha carinhosa, uma esposa companheira e uma super mãe. No campo profissional, com uma grande sabedoria, Rosilene conduz a equipe do Departamento de Gestão de Pessoas do TJAP que administra mais de 2000 pessoas, entre servidores, magistrados, estagiários e bolsistas.
Rosilene narra que sua infância foi baseada na simplicidade. Suas lembranças de momentos especiais são as férias na cidade natal de seus pais: Afuá. De lá tem belas recordações das brincadeiras e peraltices feitas com as três irmãs. Lembra que havia toda uma preparação entre as crianças para as tão desejadas férias escolares.
Seu pai teve barbearia e mais tarde trabalhou como taxista, e com o fruto de seu trabalho criou suas quatro meninas, hoje todas graduadas em nível superior. Sua mãe, uma mulher tranquila e cheia de alegria, sempre foi dedicada ao lar e às filhas.
Iniciou seus estudos na escola Vicente Rêgo Barros e depois foi aluna da Escola Irmã Santina Rioli. Dedicada aos estudos com empenho, compromisso e esforço, a ativa Rosilene era "assistente" de sua professora de língua portuguesa, Edna Quintas, por quem tinha grande admiração e respeito. O ensino médio cursou na Escola Comercial Professor Gabriel de Almeida Café. Sempre foi uma aluna “caxias”.
“A minha escola era muito exigente e o uniforme era obrigatório. Certo dia meu uniforme estava molhado por não ter dado tempo suficiente para enxugar. Fiquei desesperada e fui com o uniforme molhado mesmo, pois sem ele eu não entraria na escola e eu me recusava a faltar. Fui para a aula e no decorrer do dia o uniforme foi secando no corpo. Não sei como não adoeci”, disse Rosilene aos risos.
Tão jovem, com apenas 14 anos, Rosilene já colecionava uma tabela de cursos realizados por influência de seus pais que jamais mediram esforços para que as filhas alcançassem segurança profissional. Aos 15 anos sua capacidade e firme vontade de adquirir conhecimento surpreendiam e logo chamaram a atenção de empresas ao ser entrevistada para obter uma vaga de aprendiz.
“Minha mãe foi em busca de uma vaga no Sistema Nacional de Emprego (SINE) para que eu ganhasse experiência no mercado de trabalho, então me chamaram para uma entrevista, onde acabei ficando, porque meu currículo era repleto de cursos e porque mostrei maturidade para uma garota de apenas 15 anos.”
Rosilene começou a assumir muito jovem responsabilidades profissionais. Apaixonou-se pela área social e emociona-se ao dizer que suas primeiras chefes, sendo uma Assistente Social e a outra Socióloga, tiveram grande influência para a escolha do curso que consolidou sua carreira.
“Eu observava o trabalho que era executado no setor em que fui designada e achava tudo muito interessante e desafiador. Alí eu soube que carreira seguir. Foi amor à primeira vista. A minha chefe, Irene Sodré, era muito rígida e cobrava perfeição no trabalho, e me repassou valores que fizeram de mim a profissional dedicada que sou hoje”.
No ano de 1988, sempre corajosa e determinada, deu início à parte de seu sucesso ao cursar e concluir ciências sociais na UNAMA - Universidade da Amazônia na cidade de Belém e, logo depois, cursou Letras na Universidade Federal do Pará. Sabia que todo o esforço seria válido, mesmo tendo que ir morar longe da família.
Rosilene diz emocionada que quando foi morar em Belém contou com o apoio irrestrito de seus pais, mas enfatiza que o apoio de sua irmã mais nova, Dulcilene, foi decisivo, pois ela a ajudou financeiramente. Diz que gratidão é a mais nobre expressão de reconhecimento e agradecimento, não importando o tamanho da obra, mas o ato em si, de solidariedade, amizade e companheirismo. Foram momentos que exigiram perseverança da jovem.
“Fiquei de fora de momentos familiares importantes até o ano de 1992 quando me formei em Ciências Sociais e voltei para Macapá. Ficar tanto tempo distante nos faz repensar sentimentos. Faz a gente valorizar muitas coisas, principalmente a família e as amizades”.
Foi ainda na faculdade que conheceu seu marido, Delmam Costa, com quem está casada há 22 anos. Na época os dois estudavam juntos e já eram grandes amigos. “Nós éramos colegas e fazíamos trabalhos da faculdade juntos, sendo que, no nosso terceiro ano de curso, nossa turma foi dividida. Essa ‘separação’ nos aproximou ainda mais. Nessa época eu estava com uma cirurgia marcada e talvez por medo de me perder (risos), ele me pediu em namoro e até hoje estamos juntos.”
Ao retornar para Macapá no ano de 1992, seu então namorado permaneceu em Belém. O casal passou um ano longe um do outro. No ano de 1993, ele passou em um concurso público e veio residir em Macapá. Os caminhos de ambos se consolidaram. O resultado foi o casamento oficializado em 1994 e o nascimento de uma linda filha: Gabriela, hoje com 16 anos. Sua filha, amiga e confidente, é seu tesouro mais precioso, da qual faz questão de anunciar que sente imenso orgulho.
Rosilene sentiu-se realizada ao saber que seria mãe. No decorrer do seu parto passou por complicações e entrou em coma por 24 horas após o nascimento da filha. Sente-se muito grata porque sempre teve o apoio de suas irmãs, seus pais, marido e amigos.
“A minha filha me deu forças para não desistir quando tive complicações após o nascimento dela. Sempre quis acompanhar o crescimento da minha menina e sei que sem a minha família a caminhada seria bem mais difícil porque quando mais precisei, todos estavam presentes para cuidar de nós duas”, relatou emocionada ao lembrar que sua irmã Jucilene ficou acordada a madrugada toda no hospital cuidando dela, enquanto sua mãe cuidava de sua filha e sua irmã Marilene, amamentava a pequena Gabriela, enquanto Rosilene esteve impossibilitada.
PROFISSIONAL
Ainda na adolescência Rosilene passava em frente à sede do Tribunal de Justiça do Amapá e desejava trabalhar no Judiciário. Era um sonho que viria a ser concretizado no ano de 1999 quando foi aprovada em concurso público e foi empossada como técnico judiciário, sendo lotada no Departamento de Gestão de Pessoas.
“Me ligaram em um sábado e a moça que trabalhava em casa me chamou dizendo que um servidor do Tribunal de Justiça estava na linha querendo falar comigo. Pensei que fosse trote por se tratar de um final de semana, atendi a ligação e anotei tudo que seria necessário para efetivar meu contrato. Eu não acreditei e então resolvi ir logo pessoalmente constatar se era verdade e claro fiquei imensamente feliz com a confirmação”.
Ao ser efetivada no TJAP exerceu a função de confiança de assistente administrativo. Sua eficiência e habilidades lhe renderam, dois anos depois, o cargo de chefe da seção de treinamento no Departamento de Gestão de Pessoas e, no ano de 2006, foi indicada a exercer o cargo de Diretora no DEGESP, tendo permanecido por um ano, cargo este efetivado no ano de 2009 até os dias atuais. Fez pós-graduação em gestão de pessoas por influência do trabalho no TJAP e ainda almeja o mestrado na área de Psicologia Organizacional.
Em termos de grandiosidades de resultados para a Justiça, o Departamento de Gestão de Pessoas que Rosilene conduz, alavanca projetos como a Gestão por Competências, para equalizar a força de trabalho; e também o de Valorização de Pessoas, que compõe diversas ações como a qualidade de vida e a preparação para a aposentadoria dos servidores; e, ainda, a Ouvidoria Interna, que tem como objetivo aprimorar o ambiente de trabalho e, por consequência, os serviços ofertados à população. A Ouvidoria está destinada a atender magistrados, servidores, colaboradores, estagiários, bolsistas e a toda a equipe que compõe o Judiciário amapaense.
“O Departamento de Gestão de Pessoas tem uma equipe valorosa de servidores e colaboradores comprometidos com as atividades, sempre dispostos a atender com presteza as demandas diárias que são muitas. A união, espírito de equipe e o desejo de fazer o melhor, objetivando sempre a satisfação do nosso cliente, faz do DEGESP um diferencial”, disse.
Rosilene tem uma extensa história de trabalho, tendo atuado como professora concursada no Governo do Estado, quando deu aula para alunos do ensino médio nas escolas Alexandre Vaz Tavares e Irmã Santina Rioli e também foi chefe de gabinete na Secretaria de Estado de Fazenda.
GRATIDÃO
Gratidão é o que Rosilene sente e pratica todos os dias. Nunca foi de reclamar de problemas, ao contrário, constrói pontes para aprender com as dificuldades. Sabe que mágoa alguma ou fraquezas a fará crescer como pessoa e profissional. Ela diz que é dessa forma que edifica tudo que é duradouro em sua vida, como: o casamento de 22 anos; o cargo no TJAP há 17 anos; amigos de longa data; sua secretária do lar há 16 anos e um cachorro companheiro que viveu 20 anos.
Rosilene é o retrato da mulher moderna. A força e a dignidade são os seus vestidos. Ela não se vangloria quando faz um bom trabalho, mesmo que tenha exigido muito esforço, mas procura reconhecer todos os êxitos de sua equipe. Por ser bem preparada, não teme o futuro e está plena de alegria e paz interior.
Por cumprir seus inúmeros desafios diários com maestria e não se intimidar diante dos obstáculos nem dos testes da vida, e, ainda, por superar as adversidades sempre com ganhos, é que dedicamos com imenso orgulho a NOSSA REVERÊNCIA a esta excelente profissional e exemplo de ser humano, Rosilene Campos.
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