O Presidente do Tribunal de Justiça do Estado do Amapá informa que a partir do dia 12 de janeiro de 2023 o sistema PJe será expandido para novos processos dos Juizados Especiais Cíveis da Comarca de Macapá, conforme Atos Conjuntos nº 564/2020-GP/CGJ, 643/2022-GP/CGJ e a Portaria nº 67516/2023-GP.

Nossa Reverência à servidora Célia Coutinho

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     - Macapá, 20 de maio de 2016-

Um bom astral incomparável, assim como uma força de vontade surpreendente. De coração bondoso, sorriso cativante e muita determinação esta é Célia de Souza Coutinho, uma servidora da Justiça querida entre todos os colegas, amigos e familiares, cuja função que assumiu para a vida é ser mãe de todos, acolhê-los e ajudá-los.

celia 34Com Célia não há tempo ruim ou situação negativa, ela está sempre à disposição e topa todos os trabalhos que a equipe do Judiciário lhe propõe, seja como candidata a miss caipira, título que adquiriu em 2001 e manteve até 2015; seja como modelo no desfile do Dia das Mães que aconteceu em 2016, ou levando os serviços da Justiça Itinerante às pessoas que por algum motivo não podem se deslocar até os fóruns da capital.

Para a servidora tudo é visto como oportunidade e prontamente aceito com seu bom humor peculiar.

celia 25É possível observar a simplicidade no olhar de quem teve uma infância modesta, mas sem dificuldades. Seus pais trabalhavam de sol a sol para lhe dar o suficiente para viver bem, de forma saudável e com a liberdade de ser uma criança.

Ela conta que aprontava muito. Quem a observa agora tão serena e calma, não imagina que quando pequena era agitada e não levava desaforo para casa. “Eu era bem briguenta e fazia muitas travessuras”, diz risonha. Mas com a educação de seus pais, seu Raimundo Coutinho, já falecido e dona Joana Souza Coutinho, hoje com 78 anos, ela aprendeu que este não era um comportamento para sempre e tornou-se uma mulher admirável, benévola e profundamente laboriosa.

celia 33É impossível não se encantar com as gargalhadas que Célia solta quando está à vontade. Durante a juventude estudou a vida toda em escola pública onde adquiriu a visão de mundo e o conhecimento necessários para crescer e se tornar uma pessoa muito responsável.

Ao tornar-se pedagoga, logo se questionou, o que faria a seguir? Qual seria sua nova aventura? Pois ficar parada não é uma opção para Célia que gosta de estar em constante movimento e evolução. Para ela, conhecimento é uma busca constante.

celia 24A resposta para sua próxima aposta acadêmica viria com sua atuação na Justiça do Amapá. Mas antes, ela foi aprovada em concurso público e tornou-se servidora do município de Macapá, sendo designada para a secretaria da escola General Azevedo Costa.

Foi na escola que conheceu uma pessoa muito bondosa e que lhe apresentaria o caminho para o sucesso profissional. A nova amiga era servente da escola, e entre uma limpeza e outra conversava muito com Célia, uma amizade verdadeira nasceu e a nova amiga prometeu que a ajudaria a encontrar um trabalho melhor, porque ela acreditava no potencial de Célia.

celia 22Quando a amiga soube que o Tribunal de Justiça do Amapá abriria inscrições para servidores da Prefeitura que seriam cedidos à Justiça, logo a informou. “É a sua chance, esse é o trabalho que você merece”, disse ela. Célia ouviu a amiga e candidatou-se. Após um teste, foi aprovada e em 1999, chegou ao Judiciário como servidora cedida. A vocação pelos serviços da Justiça foi tão grande que não saiu mais do Judiciário.

Sua história no TJAP iniciou no antigo Juizado Central, onde trabalhou por muitos anos. Depois foi para a Diretoria do Fórum da Comarca da Macapá e nos dias de hoje está prestando seus relevantes serviços no Juizado da Infância e Juventude - Área Políticas Públicas e Execução de Medidas Socioeducativas, compondo a equipe da Justiça Itinerante.

celia 18“Essa mudança foi muito positiva, aqui no Judiciário há muito mais trabalho, e eu tenho prazer em trabalhar, me sentir útil, ajudar as pessoas, então foi uma grande conquista”, exalta a servidora Célia Coutinho.

Mas não foi somente no campo profissional que as mudanças aconteceram. A servidora casou-se pela primeira vez com 18 anos, desta união nasceram 5 filhos, suas eternas paixões, mas o enlace terminou. Foi neste momento que teve que ser forte e tornar-se uma mulher arrimo de família.

“Para muitas pessoas o casamento é um laço que deve ser mantido independentemente das adversidades, ou simplesmente do fato de que um dos cônjuges não está satisfeito com o relacionamento. Essa cobrança é muito grande quando a pessoa insatisfeita é a mulher, mas para mim o importante é ir em busca da serenidade, e foi isso que eu fiz”, disse.

Mas não demorou, apaixonou-se novamente e iniciou um novo relacionamento. Mas como as desventuras da vida estão sempre acontecendo, sua nova união foi abalada com a doença do ex-marido. Apegada à sua doação ao próximo, Célia pôs a frente do seu sentimento amoroso, o sentimento materno de cuidar de quem precisa, principalmente porque quem estava precisando naquele momento era o homem que foi seu companheiro por muitos anos e, apesar da separação, em seu coração não havia mágoas.

celia 9Ela se distanciou do novo amor e dedicou-se a cuidar do pai dos seus filhos. Fez tudo que pôde para ajudá-lo, para salvá-lo, mas infelizmente o câncer venceu, e ele se foi.

Célia mostrou mais uma vez sua admirável força, enfrentou o luto, continuou a criar os filhos sozinha, manter a casa e conduzir a família. Ela conta que o instinto materno de cuidado é muito forte e continua cuidando de todos, larga tudo para ajudar um parente que precisa, um amigo em situação difícil, um colega necessitado.

“Meu atual esposo sempre diz que eu coloco as necessidades dos outros na frente das minhas, mas não posso impedir, gosto de ajudar, me faz bem”, justifica.

celia 27Isso mesmo, o atual esposo, seu companheiro que a deixou partir para cuidar do ex enquanto a doença o dominava, que entendeu e foi solícito frente a esta situação, mas que nunca a esqueceu, a esperou e, depois de tantos percalços, hoje estão juntos.

“Tenho orgulho de ser uma mulher que trabalha e é independente. Acho melhor não depender financeiramente de ninguém, não consigo ver ninguém controlando minha vida. Meu marido é um grande companheiro, me respeita e não se incomoda com meu senso de liberdade. Somos muito felizes e estamos casados há 17 anos”, conta.

celia 31Hoje, aos 50 anos, quem pensa que Célia já está acomodada, trabalhando, enquanto aguada sua aposentadoria, está muito enganado. Célia não para e já cursa sua segunda graduação, e como é uma mulher apaixonada pelo trabalho que faz no Judiciário e por fazer parte desta história, está no 3º semestre do curso de Direito.

E a área de atuação que pretende atuar não poderia ser outra, quer ser advogada para continuar ajudando as pessoas e defender seus direitos, especialmente na área do trabalho.

Célia por Célia

celia 4“Sou uma pessoa que gosta muito de ser útil. Minha família depende de mim para tudo, qualquer necessidade sempre me consultam. Cuido da minha mãe até hoje, a vejo todos os dias, me preocupo com meus irmãos, com meus filhos e agora com o futuro dos meus netos. Largo tudo para ajudar meus familiares, mas se for alguém de fora que necessita, também faço”.

Uma realização

“Meus estudos. Tenho muito orgulho dessas conquistas. O conhecimento é uma vitória que ninguém pode lhe tomar”.

A família

“É tudo na minha vida. Gosto de realizar meus sonhos através das pessoas que amo, incentivo meus filhos a nunca pararem, estudarem e se dedicarem ao trabalho”.

O trabalho

“É a grande realização em minha vida, sempre gostei muito de trabalhar e me orgulho imensamente do que faço, do local onde atuo, de ver o rosto de satisfação das pessoas que muitas vezes sequer tinham um documento de identificação e quando elas recebem sua primeira carteira de identidade, é uma emoção para elas e para mim”.

Os amigos

“Meus amigos são como meus segundos filhos, protejo-os com ‘unhas e dentes’. Gosto de mantê-los por perto, de sorrir com eles, de tê-los em meu coração”.

Um sonho

“Quando meu pai adoeceu, eu vendi tudo que tinha para ajudá-lo e não me arrependo, faria tudo de novo. Na época tinha 4 casas, vendi todas. Mas ele se foi e atualmente meu sonho é ter minha casa própria que ainda não tenho”, finaliza com o sorriso no rosto e a esperança na alma.

NOSSA REVERÊNCIA

celia 17Célia de Souza Coutinho é muito especial, de sorriso fácil, de uma gargalhada inconfundível, mãe leoa, conselheira incansável e trabalhadora apaixonada pelo que faz. É por esta trajetória de sucesso e superação, por semear ao seu redor o sentimento de admiração e gratidão que dedicamos a você de forma honrosa a NOSSA REVERÊNCIA.

 

 

 

 

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