Nossa Reverência à servidora Nazaré Coelho
- Macapá, 03 de março de 2017-
Líder, servidora padrão, digna, dona de uma religiosidade profunda (é devota fervorosa de Nossa Senhora de Nazaré), amiga leal e extremamente profissional, assim é a Chefe de Gabinete da Presidência do Tribunal de Justiça do Estado do Amapá: Maria de Nazaré Guedes Coelho que carrega todas estas e muitas outras qualidades.
Em uma mulher, cuja educação é uma característica marcante, é comum vê-la atendendo a todos com um largo sorriso no rosto e uma sabedoria invejável para resolver as dezenas de demandas que lhe são confiadas no dia a dia. Para ela: “O tempo é precioso. Não posso perder tempo para nada, devemos aproveitá-lo muito bem”.
A experiente servidora do Tribunal de Justiça, Maria de Nazaré Guedes Coelho, carinhosamente chamada de “Naza”, nasceu pelas mãos de uma parteira tradicional, no dia 21 de novembro de 1961, na casa onde seus pais moravam, localizada no tradicional Bairro do Trem, centro da Capital Macapá.
Filha de seu Agenor de Souza Coelho, um homem amoroso e trabalhador, natural da Ilha de Salvador, uma pequena comunidade ribeirinha do município de Afuá, localizada na Ilha do Marajó, no Estado do Pará. A mãe, Maria Cizerpina Guedes Coelho, chamada carinhosamente de “Dona César” é natural da Vila do Rio Espagão, localidade também situada na região e traz como características a força de vontade, o rigor, mas com ele a extrema dedicação e amor por sua grande família, que conta com nove filhos.
Filhos estes que se destacam nas áreas em que atuam: Ana Rita é uma empresária de sucesso, Agenor Filho, contabilista, Maria da Conceição é comerciante, Maria do Socorro Marinho é advogada, servidora da Justiça, contabilista e atualmente única mulher presidente de um clube profissional de futebol, o Trem Desportivo Clube), José Francisco atua como técnico em eletricidade, Paulo Fernando, conhecido popularmente por FANTA é também servidor da Justiça e considerado pelos cronistas esportivos do Amapá um excelente jogador de futebol, devido às belas atuações nos clubes tradicionais do Estado, ele chegou a ser pretendido por Paysandu Sport Club, de Belém do Pará e do Clube de Regatas Vasco da Gama, do Rio de Janeiro.
E não podemos esquecer as saudosas Cármen Sílvia e Vera Lúcia, que foram homenageadas com nomes de personalidades artísticas, porém faleceram ainda crianças, motivo que levou Dona César a fazer uma promessa para Nossa Senhora de Nazaré que daquele dia em diante suas filhas teriam o nome de santo.
“Meu pai era muito carinhoso e festeiro, gostava de realizar eventos na cidade. Adorava fazer torneio de canastra e principalmente de futebol. Trabalhava muito para manter nossa mesa provida e para que quando alguém precisasse de comida, ele pudesse compartilhar. Ele tinha um barco onde comercializa várias mercadorias no interior e quando terminava trazia para casa no barco frutas, porcos, galinhas e muitos produtos que serviam para alimentar a família. Porém, a sua maior paixão era a pesca, ele gostava dessa profissão. Era de onde ele tirava a subsistência da família”, narra.
Nazaré lembra que o pai era rigoroso na educação de todos os filhos "e pedia que minha mãe também seguisse o mesmo modelo de disciplina, tudo isso pensando sempre nossa formação, no nosso caráter e no senso de responsabilidade".
“Ele tinha uma preocupação muito grande quanto a nossa educação. Já a minha adorada mãe, todos os dias madrugava cedo para trabalhar, fazer as tarefas domésticas e cuidar com muito carinho das plantações e da criação de animais em nosso imenso quintal. Quando eles mudaram para Macapá, o estilo de vida não mudou. Acordavam cedo para trabalhar e minha mãe começava as atividades de casa fazendo tapiocas para que eu e minhas irmãs pudéssemos vender. Fazia também pirulitos para meus irmãos comercializarem para os vizinhos e amigos que já ficavam esperando”, conta.
Apesar da pouca instrução, os pais possuíam um bom senso de empreendedorismo. A mãe dava aulas de reforço numa imensa mesa que ficava na sala de casa, pela manhã e à tarde. Foi ela quem educou e alfabetizou todas as crianças do bairro Beirol. “Meu pai e minha mãe são motivos de muito orgulho e alegria para mim e para os meus irmãos. Eles estão sempre em minha mente e no meu coração”, conta emocionada.
Nazaré Coelho acrescenta que quando tinha 13 anos, seu pai, um amante da arte circense, teve a iniciativa de montar um circo no quintal de casa, com a tradicional cobertura de lona, trapézio e diversas atrações artísticas. No espaço havia apresentação de peças teatrais, atividades lúdicas, bailarinas, equilibrista e variadas brincadeiras. Conceição, irmã de Nazaré, era trapezista. Todos os irmãos de Nazaré Coelho faziam parte do projeto circense do “Seu Agenor”.
A convivência nesse ambiente lúdico e de festas, fez aflorar o talento artístico de Nazaré Coelho que adorava cantar e cujo repertório de sucesso, na época, era vasto.
“Meu pai e minha mãe arrecadavam brinquedos na Legião Brasileira de Assistência (LBA), um órgão assistencial público que tinha o objetivo de ajudar famílias carentes na época. Eles doavam os brinquedos às crianças. Eram brinquedos simples, os mesmos que nós também ganhávamos todos os anos, mas eu sonhava ganhar uma boneca grande e bonita. Um dia participei de um concurso de calouros. Eu adorava cantar. Meu repertório era maior e acabei vencendo o concurso cantando a música “Índia”, considerada um grande sucesso naquela época. Quando já estava abraçando a boneca dos meus sonhos, ouvimos um choro escandaloso, era a filha de um comerciante que não aceitara a derrota e a perda do prêmio. Meu pai foi chamado pelo comerciante e fizeram um acordo: deram a boneca a ela. Nesse dia eu fiquei muito triste, não compreendi o que acontecera. Saí daquele ambiente chorando no colo do meu pai, que também chorava. Hoje tenho esse episódio como um imenso aprendizado de humildade e de saber ceder”.
Para consolar a filha, seu Agenor lhe fez uma promessa: faria de tudo para realizar o seu segundo sonho que era o de viver entre as plantas e os animais. E em meio às suas constantes viagens ao interior trazia vários animais domésticos. Ele praticamente transformou o quintal de família em um zoológico
“Ele cumpriu a sua promessa e fiquei muito feliz. Lembro com muita saudade dessa época que continua viva em minha memória e serve de exemplo para aprimorar minha postura e comportamento diante das pessoas e da natureza. Temos o dever de sermos boas pessoas em todos os momentos e lugares. Agradeço a Deus e a meus pais os ensinamentos éticos que serviram para fortalecer o meu caráter e a minha personalidade”.
Nazaré é casada com o empresário e servidor público aposentado do município de Macapá, Sérgio Francisco da Costa com quem edificou uma unida família, formada por três dedicados filhos: Elorne Sthefany Ughy Coelho da Costa, de 30 anos (formada em biomedicina na ESTÁCIO/SEAMA) que é casada com o advogado Alexandre Cesar Coutinho Pinheiro; Ísis Lourrayne Ughy Coelho da Costa, 29 anos (formada em Direito pela ESTÁCIO/SEAMA); e Kauã Ughy Coelho da Costa, de 12 anos (estudante da Escola Estadual Santa Bartolomea Capitânio. Eles, e a neta Isabelle Teresa, são as paixões do casal.
TRAJETÓRIA ESCOLAR
A trajetória da formação escolar de Nazaré Coelho iniciou em 1968, aos sete anos de idade, no Jardim de Infância, onde estudou o primário. Aos doze anos transferiu-se para a Escola Estadual Irmã Santina Rioli (antigamente chamada de Escola Doméstica de Macapá, cuja finalidade era formar moças para o desempenho das tarefas domésticas).
“Nessa época, antes de entramos para a sala de aula, tínhamos que cantar o hino nacional brasileiro. O regime implementado pelas freiras que administravam a escola era bem rigoroso. As alunas usavam longas saias. Lembro que meus pais falavam que era muito difícil conseguir uma vaga nesta escola para estudar. Foram anos de muitas aprendizagens que serviram para fortalecer meus valores éticos e morais”.
Aos 15 anos, Nazaré Coelho foi para o Colégio Comercial do Amapá (CCA), hoje Escola Estadual Professor Gabriel de Almeida Café. Nessa época, havia a possibilidade de escolher a área que queria estudar. O Colégio disponibilizava aos estudantes as áreas de Contabilidade, Secretariado e Administração. “Naza” decidiu se especializar em Administração.
Estudou com muito afinco e conseguiu concluir o 2º grau (ensino médio). Porém, um impasse apareceu em sua vida de estudos. Em Macapá, não havia faculdades ou universidades, quando os alunos concluíam os estudos do ensino médio, tinham que procurar outros Estados para continuarem sua formação.
“Como meus pais eram imensamente preocupados com a segurança de todos os filhos, não aceitaram a ideia de viajar para Belém do Pará e continuar os estudos. Tive que ficar em Macapá e procurar instituições que ofereciam cursos de capacitação técnica para ampliar conhecimento e qualificação profissional. Não foi nada fácil e mais uma vez enfrentei esse novo desafio na busca de dias melhores para mim e minha família. Relembrando esses acontecimentos, constato que tudo o que aconteceu comigo nesse período, tinha que acontecer, pois foram experiências marcantes que ajudaram a fortalecer a minha maneira de pensar e de tomar decisões”.
Ela continuou se aprimorando em instituições respeitadas como o Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae/AP), Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial - SENAC, além de estudar francês no Centro Estadual de Língua e Cultura Francesa Danielle Mitterrand.
Mas a vontade de crescer, de adquirir novos saberes continuava presente em seu interior e em 1996, Nazaré Coelho buscou o ensino superior. Fez vestibular para o curso de Secretariado Executivo na Universidade Federal do Amapá (UNIFAP), foi aprovada e concluiu a formação.
VIDA DEDICADA AO TRABALHO
Desde criança Nazaré Coelho sentia a vontade de trabalhar, sua consciência da realidade e sua responsabilidade a instigava a querer ajudar seus pais a suprir as necessidades da família.
Seu primeiro emprego aconteceu quando tinha 17 anos, na função de VENDEDORA DE TECIDOS na Loja Esplanada, em Macapá, sempre associando muito bem trabalho e estudo.
Prestou serviços relevantes na Legião Brasileira de Assistência (LBA), onde desenvolveu atividades assistenciais direcionadas a crianças e idosos, principalmente na Caravana que era realizada à população carente no interior do Estado do Amapá. Dona Nazaré já era adepta das "itinerâncias"!!
Com o falecimento de um cunhado seu, comerciante, Nazaré desta vez iniciou um novo e maior desafio, atuar a frente de várias lojas. Trabalhava a semana inteira e tinha iniciativas inovadoras, como a ideia de realizar promoções na TV AMAPÁ para aumentar o volume de vendas dos produtos que as lojas ofereciam.
As promoções surtiam o efeito desejado. As vendas melhoraram e em pouco tempo seu trabalho foi reconhecido pelas entidades que acompanhavam e supervisionavam as atividades comerciais do Amapá. Nazaré Coelho foi agraciada como EMPRESÁRIA DO ANO, uma premiação que mostra o potencial empreendedor da mulher amapaense no comércio do Estado.
TRAJETÓRIA NO TJAP
Em 1992 foi aprovada no concurso do TJAP e em 1993 assumiu as suas funções na Vara do Tribunal do Júri e Execuções Penais, onde ficou por 20 dias, sendo removida para trabalhar na Comarca de Ferreira Gomes ao lado do juiz Reginaldo Gomes de Andrade, na Chefia de Secretaria, onde realizou múltiplos serviços. Apesar das dificuldades, a vontade de fazer um bom trabalho era sempre maior.
“Não havia dormitórios na Comarca de Ferreira Gomes, eu tinha que dormir na casa do Prefeito Francisco Pinheiro, uma pessoa que ajudava muito os moradores do município".
Nazaré trabalhava sozinha na Secretaria da Vara Única no período de instalação dos serviços da Justiça no município. “Nessa época, tudo era muito difícil, a estrutura era deficitária, havia poucos equipamentos, sem contar o cansaço da viagem que era feita pela estrada de terra batida de Macapá para Ferreira Gomes aos finais de semana”, relembra.
Apesar de tantas dificuldades para executar as tarefas diárias, Nazaré recebeu a ótima notícia da chegada de duas excelentes novas servidoras, Sônia Regina Ribeiro e Benedita Gomes da Silva (BITA), que a auxiliaram a desenvolver os serviços na Secretaria daquela Vara Única. Era o início de grandes amizades dentro e fora do trabalho.
“Na Comarca de Ferreira Gomes, eu entrava no trabalho sete horas da manhã e saía nove horas da noite. Nesse período havia apenas dois servidores cedidos pela Prefeitura para auxiliar os trabalhos do juiz Reginaldo Gomes de Andrade. Para fazer as tarefas do dia a dia havia apenas uma máquina de datilografia bem antiga. Eu era a única servidora do Tribunal de Justiça para atender todos os jurisdicionados que procuravam os nossos serviços. As poucas pessoas que estavam trabalhando lá pediram para retornar para Macapá. Fiquei trabalhando sozinha e nessa época eu morava em Macapá e já tinha as minhas duas filhas, ainda bebês".
Ela conta que voltada para Macapá toda sexta-feira e retornava para Ferreira Gomes aos domingos à noite e a pouca convivência com a família era muito dolorosa.
“Quando chegava o momento de ir para a rodoviária, as minhas filhas iam comigo para se despedir. Era uma situação muito difícil, dolorosa, eu não queria me afastar da minha família, mas era preciso, tinha que trabalhar para oferecer uma vida melhor para elas. O trabalho em Ferreira Gomes era desafiador e aprendi tudo através da prática do dia a dia. Foram dias de muito aprendizado”.
Os ventos de uma nova fase na vida de Nazaré Coelho iniciaram após uma correição realizada por três desembargadores na Comarca de Ferreira que constatou a necessidade de melhorias no local.
Nesse ínterim, foi removida para trabalhar na 2ª Vara Criminal da Comarca de Santana, que tinha a titularidade do juiz César Scapin, na função de Analista Judiciária, e sob o olhar amigo de Ângelo, que exercia a Chefia de Secretaria.
Depois foi realocada para a 4ª Vara Criminal de Macapá, local onde pode trabalhar ao lado do magistrado Eduardo Contreras. Nessa fase, com apenas quatro meses de trabalho, substituiu o competente servidor Edenivaldo na Chefia de Secretaria.
Em 1996, a 4ª Vara Criminal transformou-se na 3ª Vara da Família. Nesse mesmo período, a 5ª Vara Criminal de Macapá, que tinha a titularidade da então juíza Sueli Pereira Pini, também estava passando pelo mesmo processo de transformação.
Com a instalação da 3ª Vara de Família, Nazaré Coelho assumiu a função de Chefe de Secretaria. Trabalhava de domingo a domingo, devido ao gigantesco número de processos que eram apreciados e julgados. Nesse período, Naza subia as escadarias do Fórum de Macapá e de vez em quando via a magistrada subir os degraus. Em seu coração havia a vontade de um dia trabalhar ao lado daquela mulher que inspirava confiança, muita admiração e carinho.
Nazaré acompanhava de perto e atentamente as mudanças ocorridas no judiciário que iriam transformar de forma positiva a vida das pessoas de Macapá e principalmente dos Distritos da Capital.
Em 2001, saiu da Chefia da Secretaria da 3ª Vara de Família e pediu para entrar de férias. Ao retornar, o destino já tinha traçado. Uma decisão que modificaria o destino da vida de Maria de Nazaré Guedes Coelho.
Ela foi surpreendida pela notícia de que havia uma proposta para assumir a função de CHEFE DE SECRETARIA dos Juizados Especiais.
Uma relação de respeito, amizade e confiança se iniciaria com a realização deste sonho de um dia trabalhar ao lado da magistrada que tanta admirava. Tinha ali a oportunidade de poder mostrar toda a sua capacidade profissional adquirida com muito empenho durante a jornada de vida.
“Quando eu estava trabalhando na Comarca de Ferreira Gomes, já ouvia falar sobre uma juíza que tinha uma maneira diferenciada de trabalhar. As pessoas comentavam que ela era uma juíza que tratava as pessoas com muito carinho e que era uma magistrada visionária. Que queria implementar iniciativas que beneficiariam consideravelmente na vida de cada cidadão do Estado do Amapá”, relembra.
“Agradeço muito a Deus, tudo o que tive de viver e aprender, pois serviu para que eu estivesse preparada para assumir e desenvolver ao lado da Desembargadora Sueli Pini os principais serviços, ações, práticas e programas que transformariam a maneira de atender os jurisdicionados e que ajudaram a mostrar o potencial gigantesco da Justiça do Estado do Amapá, um dos mais eficientes judiciários do país”, conta.
Nazaré Coelho participou ativamente das ações, serviços e dos programas idealizados pelo Juizado Especial Central Cível e Criminal: Justiça Preventiva na Escola; Justiça nas Praças; S.O.S. Justiça; Sábado é Dia de Conciliar; Registro Legal para o Preso, dentre outros. Além da criação das extensões propostas para descentralizar os serviços e atendimentos direcionados aos jurisdicionados de Macapá: Setor de Registro, CEAP, UNIFAP, FAMA e Microempresa. Além da implementação da Justiça Itinerante Terrestre e Fluvial e ainda, o Juizado Volante.
Nesse período, os projetos “Justiça Preventiva na Escola e Sábado é Dia de Negociar foram premiados com a MENSÃO HONROSA do Innovare e pelo Conselho Nacional de Justiça respectivamente, motivo de imensa satisfação para todos que realizavam os serviços e Nazaré se orgulha de ser membro dessa eficiente equipe do Judiciário Amapaese.
“O trabalho no judiciário precisava da participação de vários servidores, colaboradores e parceiros para por em prática as diversas atividades que estavam inseridas no planejamento de cada programa. Era uma verdadeira força tarefa, porque era muita coisa que tínhamos que fazer para oferecer serviços e atendimentos essenciais aos nossos usuários”, narra dividindo um pouco de suas experiências.
“O meu trabalho era administrar, supervisionar, cuidar para que não faltasse nada para executarmos da melhor maneira cada ação. Em 1998, essa dedicação no trabalho me proporcionou a eleição de SERVIDORA PADRÃO do Tribunal de Justiça do Estado do Amapá. Tudo isso só foi possível porque sempre me dediquei muito ao trabalho, mas nunca esqueci de viver pelos meus filhos e pela minha família, que são tudo para mim. Agradeço a Deus e a Nossa Senhora de Nazaré por tudo o que sou e pela família linda, amada e unida que formei. Tudo o que tenho conquistei com muito esforço e trabalho”, conta emocionada.
O trabalho do Juizado Especial Central Cível e Criminal fluía muito bem. Porém, uma decisão definiu que o Juizado Central seria dividido em quatro Juizados: Central, Criminal, Norte e Juizado Sul. Foi uma decisão difícil de aceitar, mas a vida tinha que prosseguir. Nazaré Coelho seguiu com a magistrada Sueli Pini para o Juizado Central, trabalhando com sua costumeira disposição e dedicação.
Quando o Juizado Central foi novamente dividido e transformado em Juizado Central Virtual I, II e III; Juizado da Microempresa e Juizado da Fazenda Pública, Nazaré Coelho continuou sua jornada ao lado de Sueli Pini, que assumiu o Juizado da Fazenda Pública.
Mas o destino estava preparando novos desafios com a ida da magistrada Sueli Pini ao Tribunal.
“Realizamos uma grande festa no Juizado da Fazenda Pública para receber a nova e primeira mulher a chegar a mais alta corte de Justiça do Estado do Amapá. Aquela promoção para o Desembargo era uma imensa alegria e vitória para mim também, pois a acompanhei durante muitos anos de lutas e adversidades. Era o reconhecimento e valorização de uma longa caminhada. Também me sentia uma vitoriosa”, enfatiza.
Essa decisão abriu a porta para Nazaré Coelho realizar mais um sonho: o de trabalhar, ver, sentir e de conviver com as importantes atividades desempenhadas por um desembargador do Tribunal de Justiça do Amapá. Naza assumiu a função de Chefe de Gabinete da mais nova Desembargadora do Estado do Amapá. Era um marco na sua história de vida profissional.
Com a nova ascensão da Desembargadora, desta vez eleita como Presidente do Tribunal de Justiça do Amapá, em 2014, Nazaré via uma nova e relevante tarefa se apresentando à sua frente.
MARIA DE NAZARÉ GUEDES COELHO assumiu, assim, a Chefia de Gabinete da Presidência do Tribunal de Justiça do Estado do Amapá. Um cargo que requer extrema responsabilidade, eficiência, humildade, disciplina, honestidade, comprometimento, respeito, celeridade, simplicidade, compromisso e acima de tudo conhecimento da atual conjuntura e da estrutura organizacional do funcionamento do Tribunal de Justiça do Estado do Amapá.
“Eu sonhava sim que um dia iria chegar à chefia de gabinete da presidência do Tribunal de Justiça ao lado da Desembargadora Sueli Pini. Tive a sorte de estar ao lado de uma pessoa séria, simples e brilhante, de quem pude absorver as melhores coisas. Tudo o que vivi e fiz, acredito que esse é o momento de maior responsabilidade, porque além de trabalhar com toda administração do TJAP, tive que estar preparada para lidar com as maiores autoridades do Amapá e de outros estados. Tenho muito orgulho e sou grata a pessoa que me proporcionou subir esse degrau”.
Consciente de sua história e de tudo que seus pais lhe ensinaram, Dona Naza atribui tudo que alcançou à sua disciplina, trabalho, honestidade e acima de tudo à base sólida e rigorosa que adquiriu em casa com seus saudosos pais.
“Respeitei a todos e tenho gratidão às pessoas com quem convivi diariamente. Me sinto muito feliz por estar vivenciando este desafio na minha vida, já sinto saudades, principalmente dos amigos que conquistei, mas estou sempre pronta a novos desafios e farei com o mesmo comprometimento e respeito que sempre tive pelas pessoas e principalmente pela instituição”, conclui.
HOMENAGEM
O amor pela família sempre moveu e deu o gás necessário para o sucesso alcançado por Nazaré. O respeito e a gratidão aos pais, o amor incondicional aos filhos Elorne Sthefany, Ísis Lourrayne e Kauã Ughy, juntamente com sua paixão maior que é sua netinha Lara, a quem considera seu maior tesouro, são a sua verdadeira razão de viver e fazem todos os sacrifícios terem valido a pena. É dedicada e amorosa esposa e adorada irmã.
“Nazaré é um ser humano raro de encontrar, é muito especial. E como servidora da Justiça do Amapá vejo como a mais competente nos cargos que exerce. É muito bom ter a Naza como referência na minha vida. (Socorro Marinho)
“Os muitos anos de convivência, por mais de dez horas diárias, me habilitam, penso eu, a tentar traduzir um pouco dessa excelente profissional, grandiosa mulher, mãe inspiradora e amiga fiel. Pessoa maravilhosa, possuidora de espírito harmonioso e conciliador, com rara capacidade de ser compreensiva e justa É por existirem pessoas como a Naza que a vida vale a pena e o mundo ainda respira esperança”. (José Adilson)
“Nazaré Coelho é uma pessoa extremamente sábia. Eu a considero dona de uma sensibilidade ímpar que reflete em suas decisões acertadas, além de ser uma pessoa com uma aura cativante. Está sempre sorridente e irradia uma gentileza intensa e verdadeira”. (Bernadeth Farias)
“Nazaré Coelho é dessas pessoas extraordinárias no mundo, cuja humanização, espírito de colaboração, competência e liderança são marcas indeléveis”. (Sônia Regina Ribeiro)
“Falar da NAZARÉ é muito honroso, porque são poucas as pessoas que com sua postura, comportamento e atitudes, conquistam tanto respeito e admiração”. (Juíza Joenilda Lenzi).
“A Naza é pura sabedoria, lealdade, líder nata, trabalhadora incansável, sensata, ser humano de pura bondade. É uma dádiva ter ela por perto”. (Desembargadora Sueli Pini)
MARIA DE NAZARÉ GUEDES COELHO, sua DEDICAÇÃO em se doar ao máximo é reconhecida e valorizada por todos que conhecem sua vitoriosa história de vida. Queremos presenteá-la com as mais belas bonecas, os animais domésticos mais especiais e com as melhores atrações circenses, paixões de sua infância e juventude. Seu Agenor e Dona César tinham razão, a menina que vendia tapioquinha tornou-se um motivo de orgulho não só para a família que teve sua origem no outro lado do Rio Amazonas, mas, também, para todas as pessoas que tiveram a oportunidade de conviver e que convivem com sua agradável e notável presença.
“Quero dedicar esta linda homenagem a todos os servidores, colaboradores e bolsistas do Tribunal de Justiça, em especial, a todos aqueles que de forma direta ou indireta participaram da minha caminhada profissional. Sempre fundamentei o meu trabalho no profissionalismo ético e respeitoso, por isso conquistei muitas vitórias e respeito das pessoas. Quando trabalhamos de forma humilde e dedicada, o reconhecimento e a valorização surgem.
Quero fazer um agradecimento todo especial ao meu esposo, que sempre foi uma pessoa compreensiva e amorosa, e também aos meus filhos, que sentiram bastante a minha ausência em casa, mas eles sabem que tudo o que fiz foi justamente para proporcionar uma vida de qualidade, conforto e de prosperidade para eles. Agradeço a Deus e a Nossa Senhora de Nazaré pela família amorosa, unida e fraterna que tenho. Sou uma pessoa muito feliz e realizada”, finaliza nossa homenageada.
É a essa mulher que consegue a admiração de todos que a conhecem, que soube enfrentar serenamente os obstáculos no decorrer de sua vida, revelando um coração de mãe amável, cheio de ternura e virtudes, que homenageamos neste momento. Sua eficiência, capacidade de liderança, resistência às vicissitudes da vida, sensibilidade verdadeira, sabedoria ao escutar e atender muito bem a todos, seja no convívio da família ou na relação diária com amigos, servidores, autoridades e o cidadão, são fontes de inspiração e de admiração para todos. É por tudo isso que você é merecedora de NOSSA elogiosa e total REVERÊNCIA!
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