Nossa Reverência à Juíza Marina Vidal
Uma mulher de personalidade marcante, de forte senso de responsabilidade, dedicada a tudo o que faz e extremamente competente. É assim que definimos a jovem e bonita juíza de Direito Marina Lorena Lustosa Vidal. Dona de uma grande paixão pela magistratura e pela família, ela diz que se sente realizada tanto na vida profissional como pessoal, e é grata por tudo que a vida lhe proporcionou.
Marina Vidal chegou ainda muito nova ao Amapá, com apenas 4 anos. Nascida em Teresina, Piauí, no dia 04 de outubro de 1982, veio morar em terras tucujus com a família, devido à transferência do pai para o Amapá, por causa do trabalho dele.
Os pais Raimundo Gilberto Moreira Lustosa, de 55 anos, e a mãe Solange Teixeira Nunes, 54 anos, ambos empresários e pessoas de visão, viram no Amapá a oportunidade de crescer, mas sem saberem que iriam, no futuro, transformar a vida daquela menina, que ia crescer, ficar adulta e se tornar uma juíza da Justiça do Amapá.
Com uma boa infância, cheia de brincadeiras saudáveis, teve seu tempo de menina e de inocência preservados graças ao carinho e empenho dos pais, mas devido ao fato de ser a mais velha de sete filhos, cedo precisou ter mais responsabilidades, pois era a encarregada de cuidar dos irmãos mais novos.
Durante o Ensino Fundamental estudou na escola do Serviço Social da Indústria (Sesi) e encerrou o ensino médio no Colégio Ideal, em Belém. Sempre foi uma boa aluna. Gostava de estudar e já sabia desde cedo que o único caminho para alcançar os seus objetivos, rumo ao sucesso, seria por meio do aperfeiçoamento e do mérito.
A juíza Marina conta que sempre sonhou em seguir a carreira da magistratura e assim que completou o ensino médio se preparou para isso. O primeiro passo foi dado com a aprovação no vestibular na Pontifícia Universidade Católica de Goiás (PUC-Goiás) onde iniciou seus estudos em Direito. Mas para sua grata surpresa, quando ainda cursava o 4º semestre da faculdade, foi aprovada no concurso para servidores do Tribunal de Justiça, em 2004.
“Foi quando retornei para minha querida cidade e finalizei aqui os meus estudos universitários, no Centro de Ensino Superior do Amapá (CEAP). Nunca pensei em seguir outra profissão que não fosse a Magistratura. Lembro que no primeiro dia de aula, em Goiânia, durante uma enquete entre os alunos, respondi que queria submeter-me ao concurso da Magistratura. Me formei em 2005”, conta a magistrada.
A jovem acadêmica que já se destacava entre os demais estudantes, começou a estagiar em tempo integral e sua vontade de aprender e se tornar uma excelente profissional era contagiante.
Ela conta que seu primeiro emprego foi no cargo de Técnico Judiciário no TJAP e depois foi chamada para a Assessoria de Gabinete do Desembargador Carmo Antônio, um período que guarda com carinho nas lembranças, pois ali aprendeu muito e tem certeza de que foi de extrema contribuição para construir a profissional que é hoje. Após dois anos, e já graduada, ocupou o cargo de Assessora Jurídica do Desembargador Edinardo Rodrigues Souza.
“Foi mais um tempo de intensos ensinamentos. Quando lançaram o edital da Magistratura em dezembro de 2008, reiniciei minha caminhada rumo ao sonhado cargo de Juíza de Direito. Em 2010, após árduos meses de estudo e trabalho, fui aprovada, tomei posse e me tornei uma juíza, mais especificamente em 16 de julho de 2010”, relembra feliz a data tão especial.
Ela enfatiza a emoção que sentiu durante a cerimônia de posse principalmente quando a canção do Amapá foi entoada. “Um dia verdadeiramente memorável”, conclui.
Logo após sua posse, Marina desenvolveu suas atividades como Juíza de Direito Substituta, e passou por diversas Unidades, como a Vara de Execução de Penas e Medidas Alternativas (VEPMA) em 2012, integrou as jornadas da Justiça Itinerante Fluvial no mesmo ano, entre outros. E finalmente em dezembro de 2013 recebeu a tão esperada promoção pelo critério de antiguidade, e assumiu a titularidade da 1ª Vara de Competência Geral da Comarca de Laranjal do Jari, no sul do Amapá.
Na ocasião, declarou sua satisfação em receber o reconhecimento do trabalho realizado e por ser designada ao município de Laranjal do Jari, onde, segundo ela, as demandas processuais são grandes, e não havia dúvidas de que ali iria adquirir muita experiência. A escolha foi tão acertada, que a juíza continua nesta Comarca até hoje.
A paixão pela profissão que escolheu seguir se confirmou com o passar dos anos através da superação das dificuldades, com as conquistas alcançadas e com a colheita dos frutos que plantou, tendo como sementes as boas práticas judiciais.
Um de seus grandes orgulhos foi a conquista do prêmio “Ser Conciliador é Legal”, que recebeu do TJAP em 2014, por destacar-se como a Juíza do interior que mais realizou audiências frutíferas de conciliação.
O prêmio foi concedido por sua excelente atuação como titular da 1ª Vara de Laranjal do Jari, na Categoria Vara Cível, onde atingiu o número de 269 acordos. Ao receber a premiação das mãos do então presidente, Desembargador Luiz Carlos, registrou aos presentes que o prêmio incentiva não só o bom desempenho profissional, mas, também, ensina que conflitos podem e devem ser resolvidos por meio do diálogo, de forma que não se tornem processos e abarrotem os escaninhos da Justiça.
Marina Vidal é uma ferrenha defensora da conciliação e mediação como ferramentas eficazes de pacificação social. Para ela, é a maneira mais eficaz de dar uma solução às lides, conflitos e demandas. A prova disso é sua participação em diversos workshops sobre conciliação e mediação, e a vontade de implantar o CEJUSC na Comarca onde atua.
ASPIRAÇÕES E DIFICULDADES
Desde jovem, a magistrada Marina já sabia o que queria ser. Traçou metas e conseguiu alcançar sua realização. Hoje vive a magistratura de forma plena e muito feliz, sem falar na bela família que vem construindo.
“Amo ser Juíza, na forma mais simples de ser. Não tenho dúvida que estou realizada profissionalmente. Satisfeita, me levanto todos os dias muito animada para exercer minha função. O que mais quero é continuar mantendo a minha determinação e tranquilidade tanto na vida pessoal como na profissional”. conta.
O mesmo amor e zelo pela profissão, são vistos no cuidado com uma outra paixão: a família. É casada desde 2005, com o também Juiz Ailton Vidal. Desta união nasceram três filhos, as gêmeas Catarina e Cecília, de 3 anos, e o pequeno caçula Theo, com apenas 1 ano.
“Sou católica e crente em Deus. Rogo sempre que Ele perpetue nosso relacionamento e proteja nossa linda e amada família. Ambos somos titulares em Laranjal do Jari, local onde estabelecemos residência e somos muito realizados e felizes”.
Quanto às dificuldades, Marina é sempre otimista. Para ela o maior desafio é conciliar o ofício da magistratura e a criação dos filhos, residindo em um município distante da capital. “O acesso a Laranjal do Jarí ainda tem sido a maior dificuldade, devido o precário estado da rodovia, mas isso não é motivo para desestimularmos, muito pelo contrário, para mim é mais um desafio a ser enfrentado, dos muitos outros que todos os dias lidamos”, finaliza.
É por esta humildade, simplicidade, sentimento de gratidão à vida, por seu empenho em fazer parte da grande família do judiciário amapaense, de zelar por cidadãos de um município isolado e remoto, porém de grande importância para o Estado do Amapá, como Laranjal do Jari, que nós agradecemos e dedicamos a Nossa exaltada Reverência à Juíza Marina Lorena Lustosa Vidal.
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