O Presidente do Tribunal de Justiça do Estado do Amapá informa que a partir do dia 12 de janeiro de 2023 o sistema PJe será expandido para novos processos dos Juizados Especiais Cíveis da Comarca de Macapá, conforme Atos Conjuntos nº 564/2020-GP/CGJ, 643/2022-GP/CGJ e a Portaria nº 67516/2023-GP.

Nossa Reverência ao colaborador da Justiça do Amapá Evandro “Amaral” das Neves

amaral 14- Macapá, 11 de março de 2015-

Um homem de origem simples, de alma criativa e de sensibilidade aguçada para os detalhes da vida, talvez essa seja a melhor forma de definir Evandro Alves das Neves, conhecido entre nós como “Amaral”. Com 15 anos de trabalho prestados à Justiça amapaense, este estimado colaborador é sempre lembrado pela sua doação e vontade de contribuir com a edificação e melhoramento do Judiciário amapaense.

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Amaral tem uma belíssima história de perseverança. Nasceu na cidade de Mazagão Velho, área rural de Macapá, e sua infância e adolescência foram vivenciadas de muito empenho e dedicação, um esforço que viria a ser recompensado no futuro. Filho de Miguel Alves das Neves, 87 anos, e Anastácia Alves Torres, 85 anos, é o caçula de uma família de sete filhos.

Ele conta que quando era criança precisava andar cerca de 30 minutos da fazenda onde morava até a pequena escola onde ele e os irmãos estudavam. Perseverante, acordava cedo, incentivava os irmãos e juntos percorriam o caminho do aprendizado.

amaral 8Quando completou 12 anos foi morar na cidade de Mazagão Velho em definitivo, lá estudou até a 4ª série do ensino fundamental. Nessa época, ele e seus colegas de classe, muitas vezes, precisavam pegar carona na caçamba de um caminhão para chegar até a escola. No período de chuva não tinha como não chegar todo molhado na sala de aula, mas não se importava, estava sempre com um sorriso no rosto e a costumeira vontade de aprender.

A convite de uma tia, o jovem Evandro foi morar em Mazagão Novo para poder cursar as outras séries. Na região estudou até o segundo ano do ensino médio. Nessa época, Amaral já pensava em vir para Macapá, concluir seus estudos e assim o fez. Veio para a capital e terminou sua formação na Escola Estadual Carmelita do Carmo onde aprendeu muito com os ensinamentos adquiridos e também com as boas amizades que construiu ao longo desta jornada.

Quando pisou em Macapá pela primeira vez, foi logo à procura de trabalho, pois não queria se acomodar e sabia que não poderia apenas estudar, precisava de um complemento para ajudar em seu sustento, em sua permanência na cidade. Fazia pequenos serviços como pintor. Buscou na criatividade a parceria inseparável e necessária para correr atrás do pão de cada dia.

amaral 16Sempre dedicado ao conhecimento, fez um curso de escultura em argila e graças à sua curiosidade, talento e empenho, aprendeu também a talhar em madeira na Escola de Artes Cândido Portinari.

“Sou uma pessoa muito curiosa, quando eu vejo uma coisa que eu não sei, procuro buscar o conhecimento para poder aprender. Na época que eu estava desempregado resolvi fazer esculturas e acabei ganhando algum dinheiro vendendo minhas obras. Até no prédio do TJAP tem alguns quadros meus que magistrados e servidores compravam. Isso é um motivo de grande orgulho para mim”, explicou.

amaral 6Foi no ano de 2000, durante a Expofeira Agropecuária do Amapá, que a oportunidade de ouro apareceu. Amaral saiu para fazer um serviço de pintura na feira, e lá encontrou servidores do TJAP que estavam fazendo uma vistoria em um stande da Justiça. Aproveitou a oportunidade e na mesma hora perguntou se eles estavam interessados em pintar o espaço, com a resposta positiva iniciou o serviço na mesma hora.

“Na época, o diretor dos Serviços Gerais do TJAP era o senhor Ivan Lobo, que logo gostou muito do meu serviço e perguntou se eu já tinha algum trabalho fixo, eu disse que não, falei que estava procurando trabalho. Quando houve a oportunidade de uma vaga eles me chamaram para trabalhar no Tribunal de Justiça”, explicou.

amaral 7Foi com 25 anos de idade que sua trajetória na Justiça do Amapá começou. No início, com a ajuda dos colegas de serviço e sua vontade de crescer, foi aprendendo no dia a dia cada vez mais. Para ele o Tribunal foi a casa e a escola que lhe ensinou e aperfeiçoou tudo que sabe até hoje. Amaral passou de servente à função de auxiliar de serviços gerais, e, pela sua dedicação, foi se consolidando na profissão e contagiando a todos com sua força de vontade.

“Vim lá de Mazagão Velho e consegui estudar e obter um trabalho no Tribunal de Justiça. É uma honra muito grande e uma felicidade imensa ter conquistado amigos e reconhecimento”, relata emocionado.  

E foi no período em que entrou para o Tribunal que o apelido “Amaral” surgiu. Em uma homenagem ao ex-volante do Vasco, o também vascaíno, Evandro Neves, recebeu essa titulação pelos colegas de trabalho que o achavam parecido com o craque e o apelido caiu nas graças de todos.

amaral 17Estes mesmos amigos de serviço realizaram o reconhecimento do grande talento de Amaral e não parou por aí. A admiração dos colegas fez com que em 2008, a administração do TJAP convidasse Amaral para ajudar na montagem das luzes do Natal do prédio da instituição, que todo final de ano abrilhantam as noites do centro da cidade.

A dedicação e indiscutível talento do servidor foram tão grandes que na época até um presépio esculpido por ele ornamentou de forma majestosa o órgão.

amaral 1Esse talento artístico que nasceu com ele acabou incentivando o filho Pedro Henrique de 7 anos. O menino diz com toda a felicidade e orgulho que herdou o dom do pai. Suas obras têm uma característica toda especial, são miniaturas cheias de detalhes, feitas em coloridas massas de modelar.

“Desde quando comecei a fazer as decorações aqui do Tribunal, o meu nome começou a circular pela cidade e várias lojas começaram a me chamar para fazer a ornamentação delas, até donos de residências me chamam também, isso foi mais uma porta que se abriu com a ajuda do serviço que presto para o TJAP”, explicou.

amaral 10Amaral sempre foi dedicado ao trabalho, mas ama falar também de sua família, para ele, esse é o bem mais especial que conquistou. Ele é casado há 10 anos com a dona de casa Elza Costa de Jesus, uma simpática mulher e companheira que não permite que as dificuldades atrapalhem a felicidade da família. Juntos eles sempre lutaram pelos sonhos uns dos outros.

O casal incentiva a filha que hoje cursa a faculdade de Direito e Amaral também recebe todo o apoio da família na nova trajetória de ingresso no curso de arquitetura na Faculdade FAMA. Mais um exemplo deste grande homem, que é a viva prova que nunca é tarde para novos desafios. Aos 41 anos de idade, em um banco de Faculdade um novo sonho começa a se tornar realidade. Ele já pensa na empresa que abrirá após concluir seu curso, e diz que sua maior certeza é que só trabalhando muito é possível realizar tudo o que se deseja.

amaral 9EVANDRO ALVES DA NEVES, seu comprometimento com o trabalho e a dedicação com os estudos mostram que você não tem medo de desafios e que procura sempre se manter em movimento para a construção de uma vida melhor para você e sua família.

Sua perseverança, obstinação, amor pela família e vontade de vencer, são exemplos de vida para todos.

Um homem talentoso que faz amigos por onde passa e que sempre está disposto a oferecer uma mão amiga. É por tudo isso que traduzimos os mais transparentes, profundos e sinceros desejos de congratulação e acolhimento, pois, AMARAL, você é merecedor de nossa elogiosa e total REVERÊNCIA.

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