Apresentação
Com o advento da Resolução nº 70/2009 do CNJ, que adotou a Gestão Estratégica como forma de administração do Poder Judiciário Nacional e o Planejamento Estratégico como instrumento para sua viabilização, aprazando o alinhamento ou implantação em todos os Tribunais do país até 31/12/2009, coube-nos, enquanto Juíza designada para construção de todo esse trabalho no TJAP uma corrida frenética contra o tempo, a contar de março de 2009, para elaborarmos um plano estratégico que, ao mesmo tempo, correspondesse às especificidades de nosso Tribunal, sem descurar da necessidade de adequação à Estratégia Nacional preconizada pelo CNJ.
Planejamento Estratégico pode ser definido como um processo gerencial contínuo e sistemático, que diz respeito à formulação de objetivos para a seleção de programas de ação e execução, levando em conta as condições internas e externas, podendo-se determinar a melhor maneira de aproveitar os recursos disponíveis e, por intermédio de ações programadas, obter maior produtividade e melhor qualidade dos serviços.
Para que sua execução seja realidade será necessário cumprir determinados pressupostos, entre os quais, o envolvimento de todos para o desenvolvimento de uma visão global do Planejamento Estratégico, com motivação e redesenho de papéis, em uma integração que acompanhe a necessidade da organização que pretenda a excelência no serviço que presta.
Após a definição de um Grupo de Trabalho sob minha coordenação, foram recrutadas as informações necessárias de cada setor, realizadas oficinas e workshops, efetuada a sensibilização da Alta Liderança, Juízes e servidores por meio da aplicação de um instrumento com prazo para a resposta, reuniões com parceiros estratégicos, até se chegar a um diagnóstico.
Concluído o diagnóstico, passou-se para a formulação da Estratégia, contando o Grupo com o suporte técnico permanente da EMP Consulting, contratada para esse fim, bem como o suporte do CNJ, resultando tudo isso em mais de 1.400 horas de trabalho e dedicação ao Projeto.
Após exaustivo trabalho, com a utilização da metodologia BSC, a qual fará a medição de nosso desempenho institucional, por meio de um Sistema de Indicadores a ser aplicado nos níveis operacional, gerencial e estratégico, chegamos a versão final do trabalho, cuja qualidade foi atestada pelo CNJ, sendo um ponto de partida para uma gestão continuada que diagnosticou nossos pontos fortes e fracos, e como uma bússola norteará o caminho que devemos trilhar, frisando-se que o Planejamento Estratégico permitirá ajustamentos durante sua execução, de forma a contemplar as situações necessárias que impliquem em alterações nos projetos e ações a fim de se obter o resultado esperado.
Embora existam justiças que há mais de dez anos possuam um Planejamento Estratégico estruturado, muito antes da exigência da Resolução nº 70/2009 do CNJ, o que há de mais moderno em termos de gestão pública de Tribunais aqui está contemplado.
Destarte, é imperioso registrar que tudo isso não seria possível sem a vontade política de uma Presidência empreendedora e a dedicação de todos os servidores e colaboradores do Grupo de Trabalho que aqui quero agradecer, de forma especial, os quais mesmo com uma jornada de trabalho exaustiva, sempre deram o melhor de si.
JUÍZA ELAYNE KORESSAWA
Coordenadora do Grupo de Trabalho do Planejamento Estratégico do TJAP